“Sempre tive o mesmo rosto, a moda que mudou de gosto” A noção de beleza, assim como raça e outros recortes identitários, existe a partir da comparação. Em um mundo estruturado por relações de poder, traços de povos colonizadores são imediatamente colocados como referências, e tudo aquilo que difere, vira ruído.

Neste mês, a equipe de Bibliotech convida o público a reaprender a ver o mundo, o outro e o eu com afeto. A atividade será uma dinâmica de conexão e imersão com apoio bibliográfico do livro O Mito da Beleza, de Naomi Wolf.

A quem interessa a naturalização de comentários jocosos que reafirmam constantemente estereótipos raciais? Passamos uma vida inteira convivendo com representações distorcidas em novelas, comerciais e animações que disseminam crenças produzidas estrategicamente há séculos, como se fossem verdade.

A neta das bruxas que vocês não queimaram hoje fazem magia... Rap e funk são gêneros musicais com origens essencialmente negras e periféricas, mas que por muito tempo foram amplamente conduzidos por homens cis heterossexuais. Quando muda o sujeito, muda a forma e o conteúdo, sendo assim, Tasha e Tracie, Karol Conká, Linn da Quebrada, MC Carol, MC Dricka, MC Tha e muitas outras renovam o gênero trazendo suas experiências para o jogo e criatividade para a musicalidade que recebe a intersecção de ritmos com liberdade.

O Arnesto nos convidou pra um samba, ele mora no Brás… Desde seu surgimento o samba é um ritmo do povo, feito nos quintais, ruas, bares e principalmente na cozinha, o samba herda levadas percussivas dos toques vindos do continente africano, que aqui sem os instrumentos tradicionais se reinventa nos objetos cotidianos. As colheres que se batem, o som do garfo ao passar pelo prato, o efeito dos dentes da faca ao se chocarem com copos, enfim, samba que é samba passa pela cozinha.